Julgava que eram ladrões!
As casas abanavam. E eu e a minha mãe cheias de medo, porque o meu pai estava a trabalhar. Eu ia desmaiando com medo e a minha mãe estava aflita. No trabalho do meu pai caiu o telhado e os homens iam morrendo todos se não fossem a fugir. Na minha casa caiu o gira-discos para o chão o candeeiro partiu-se. A minha cama e a cama da minha mãe tremiam. E as chávenas da minha tia caíram todas para o chão. E depois quando acabou o tremor de terra , o meu tio disse para a minha mãe - Assustaste-te?
-Pois assustei-me, porque julgava que eram os ladrões a empurrar as tábuas!
Escrito por Maria de Lurdes dos Santos e publicado no Diário Popular de 1 de Março de 1969.
As casas abanavam. E eu e a minha mãe cheias de medo, porque o meu pai estava a trabalhar. Eu ia desmaiando com medo e a minha mãe estava aflita. No trabalho do meu pai caiu o telhado e os homens iam morrendo todos se não fossem a fugir. Na minha casa caiu o gira-discos para o chão o candeeiro partiu-se. A minha cama e a cama da minha mãe tremiam. E as chávenas da minha tia caíram todas para o chão. E depois quando acabou o tremor de terra , o meu tio disse para a minha mãe - Assustaste-te?
-Pois assustei-me, porque julgava que eram os ladrões a empurrar as tábuas!
Escrito por Maria de Lurdes dos Santos e publicado no Diário Popular de 1 de Março de 1969.
Imagem de Isabel Pissarra
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