terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Era uma vez...

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Todos os dias fazemos a nossa vida quotidiana sem nos lembrarmos da possibilidade de ocorrer um sismo. Mas quando a terra treme, como aconteceu no dia 12 de Fevereiro , as pessoas assustam-se.
Como é que os povos antigos explicavam os tremores de terra?
Através de mitos e de lendas, que foram sendo transmitidas ao longo de milhares de anos. Algumas das grandes civilizações foram construídas à volta de zonas muito sísmicas, como é o caso da China, das regiões montanhosas da Ásia Central, do México e dos países à volta do Mediterrâneo.
As pessoas pensavam então que os sismos eram causados por animais ou pessoas gigantes.
Queres conhecer algumas destas lendas?
Na Índia:
Pensava-se que a terra estava apoiada em oito elefantes gigantescos. Quando um dos elefantes se cansava, ou abanava a cabeça, a terra tremia.

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No Japão:
Era o Namazu, um peixe-gato gigante enterrado na lamas subterrâneas, que originava os sismos. Quando o peixe tremia, a única coisa que o fazia parar era o Deus Kashima e a sua pedra mágica.

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Na América do Norte:
Um chefe índio apaixonou-se por uma princesa. Chamavam-lhe Reelfoot, por ter um pé deformado. Quando o pai da princesa recusou o seu pedido de casamento, o chefe Reelfoot raptou-a para casar com ela, mas quando começou a cerimónia o Grande Espírito (deus dos índios) zangou-se! Bateu o pé com tanta força que fez a terra tremer. Esse choque causou uma cheia no Rio Mississipi, que originou o Lago Reelfoot.

Em Moçambique:
A Terra é uma pessoa que tem problemas de vez em quando. Quando fica doente e tem febre, nós sentimos a Terra a tremer.

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Na Grécia:
Segundo Aristóteles, nas cavernas subterrâneas estão aprisionados ventos muito fortes que ao tentarem escapar-se fazem a terra tremer.

Num próximo post, vamos conhecer mais lendas sobre sismos .

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Durante um sismo




Durante um sismo, se estiver dentro de casa ou de qualquer outro edifício, o que devo fazer?

Se estiveres num dos andares superiores, não te precipites para as escadas e nunca utilizes os elevadores.
Abriga-te no vão de uma porta interior, nos cantos das salas ou debaixo de uma mesa ou cama.
Mantém-te afastado de janelas e espelhos e tem muito cuidado com a queda de candeeiros, móveis ou outros objectos.
Para aprenderes melhor, clica na imagem, aumenta-a e dá-lhe cor.

Desenho Isabel Pissarra

Antes de ocorrer um sismo





Em conjunto com os teus pais, aprende a desligar a electricidade e a cortar a água e o gás.
É muito fácil e caso ocorra uma emergência, vai ser necessário fazê-lo.
Para aprenderes melhor, clica na imagem, aumenta-a e dá-lhe cor.

Desenho Isabel Pissarra

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Nunca entres em pânico!



Já aprendeste que deves evitar o pânico, quando ocorrer uma emergência.

Amplia, imprime e dá cor a este desenho.

Desenho Isabel Pissarra

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Simulacro ou exercício de evacuação

Perguntas muito bem, Bruno!

Nas escolas costumam efectuar-se regularmente simulacros ou exercícios de simulação.

Queres saber porque se realizam? Exactamente para avaliar se a escola está preparada, caso ocorra uma emergência, e se todos sabem o que fazer.
Quanto tempo dura? Geralmente cerca de 15 a 30 minutos. Se ouvires nesse dia ambulâncias e carros de bombeiros, não te assustes, eles também vão colaborar nesta iniciativa.


Antes de ocorrer esta actividade, que é muito importante para a segurança de toda a escola, foi efectuado pelos teus professores um trabalho de preparação e sistematização, que resultou num documento, que se chama Plano de Prevenção e Emergência (visa prevenir as situações de risco que possam ocorrer e responder de forma organizada a eventuais situações de emergência).

Como podes colaborar num exercício ou simulacro?

No dia em que se realiza esta acção, é combinado um cenário de emergência entre a direcção da tua escola, o Serviço Municipal de Protecção Civil e os Bombeiros da área. À hora programada procede-se à evacuação da escola, segundo as regras definidas pelo Plano de Emergência.

Atenção, no caso do cenário escolhido ser o de sismo, todos deverão permanecer dentro do edifício, protegidos da queda de objectos, até novas indicações.

Professores e funcionários irão cumprir as suas missões, como se de facto estivesse a acontecer uma emergência real. Entre outras acções a desenvolver estão as seguintes: telefonar aos bombeiros, dar a ordem de evacuação a toda a escola, tocar o alarme, dar apoio a alunos mais novos ou com dificuldades, conferir as pessoas a ver se não falta ninguém e usar os extintores.
Deves conhecer as instruções de segurança definidas para o teu estabelecimento de ensino e seguir sempre as indicações dos professores e funcionários.

Vamos fazer um teste e responder a estas duas perguntas.

  • Conheces o toque de alarme da tua escola?
  • Sabes onde é o local de reunião ou ponto de encontro?

Se não sabes , fala com teus professores já amanhã e pede para te ensinarem quais as instruções de segurança . Se acertaste estás de parabéns!

Mas não te esqueças , porque é muito importante: não saias dos edifícios a correr, nem te precipites para as portas! O treino correcto dos comportamentos preventivos pode salvar-te a vida, por isso leva a sério estes exercícios. Quanto te derem ordem para saíres da sala, sai rapidamente mas com calma.
Fala com os teus pais sobre o que aprendeste nesse dia e sobre as regras a seguir, caso ocorra um incêndio na vossa casa ou no prédio.

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Sabias que...


grande parte dos ferimentos, que se registam em caso de incêndio, são originados pelas atitudes de pânico das pessoas, atropelando-se nas portas de saída dos edifícios e não pelo fumo ou fogo


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Uma pergunta

Olá Tinoni
Na minha escola, os professores avisaram que vai haver um simulacro.
Podes explicar-me do que se trata?
Obrigado!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

O terramoto de 1755


Lisboa acordou a 1 de Novembro de 1755, de modo sereno e preparou-se para celebrar o Dia de Todos os Santos. A cidade era então muito diferente do que é hoje e muito mais pequena. Na zona da Baixa, as ruas eram estreitas, de traçado medieval, onde existia uma azáfama constante de mercadores e artesãos.
Lisboa era um importante porto marítimo e a cidade estava centrada na sua zona ribeirinha.
Existiam edifícios imponentes como o Paço Real, o Hospital de Todos os Santos, o Teatro da Ópera, a Igreja Patriarcal de Lisboa.
Imaginemos como estariam as Igrejas nesse dia, repletas de pessoas, tapeçarias e com velas acesas. Ninguém ainda imaginava o que iria acontecer, apesar de se terem sentido pequenos sismos pouco antes e ainda existir a memória do grande sismo de 1531 transmitido pelas histórias dos antepassados.
O dia
Cerca das 09:40, acontece o terramoto: primeiro ouve-se um barulho descrito como o de um trovão por alguns sobreviventes, e a terra parece atravessada por uma onda. Os edifícios começam a balançar de um lado para o outro e alguns desmoronam-se. Os abalos sucedem-se um primeiro abalo vertical e outro horizontal. Os dois abalos não duraram mais do que um minuto e meio, mas depois de um minuto de intervalo, um novo abalo mais violento, prolongou-se durante dois minutos e meio. Após um minuto de intervalo surgiu um terceiro abalo que durou mais três minutos. Durante este período de nove minutos o rumor subterrâneo fez-se ouvir.
Enquanto os edifícios abanam violentamente e começam a desmoronar-se, surgem os incêndios, que entretanto deflagraram devido a fogões acesos nas casas, e a velas caídas nas igrejas. Também o sistema de iluminação a azeite, existente na época agravou esta situação. Este incêndio durou cinco ou seis dias.
Qual foi a magnitude do sismo?
Segundo estudos realizados, pensa-se que a magnitude terá sido cerca de 9 na escala de Richter. Há cientistas que referem que este foi o maior sismo de sempre.


Que danos provocou este sismo?
Lisboa era na época uma cidade muito populosa, (entre de 160.000 a 200.000 habitantes). De acordo com estimativas terão morrido cerca de 20.000 pessoas.
Os danos materiais e culturais foram imensos: desapareceram 55 igrejas, a zona portuária da cidade e muitos barcos que aí se encontravam ancorados e a zona entre as duas grandes praças de Lisboa, Rossio e Terreiro do Paço foram inteiramente destruídas. Bibliotecas inteiras arderam e perdeu-se um património cultural, artístico e histórico riquíssimo.
O Tsunami
Mas não aconteceu só a derrocada de edifícios e incêndios. O sismo gerou um Tsunami ou Maremoto. Toda a parte baixa da cidade de Lisboa foi inundada, tendo-se registado ondas de 4 a 6 metros de altura, que penetraram cerca de 250 metros dentro da cidade. Só não provocou mais danos, porque o relevo acidentado da cidade o impediu. O Tsunami foi sentido em toda a costa portuguesa.


 



Por tradição continuamos a chamar Terreiro do Paço à Praça do Comércio. Apesar de não ser este o seu nome, antes do sismo de 1755 estava aí instalado o Paço Real. Quando o Marquês de Pombal procedeu à reconstrução de Lisboa, decidiu fazer dessa zona um espaço para ministérios, bolsa, e outras entidades ligadas ao comércio. Agora de real, só tem a estátua de D. José I, mas para muitos continua a ser o Terreiro do Paço.
Depois do tremor de terra de 1755, o rei D. José I, nunca mais quis morar em construções de pedra e optou por morar numa habitação de madeira provisória na Ajuda.


Se clicares nas imagens, elas aumentam e podes imprimir

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

A terra tremeu hoje em Lisboa.

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Quase todos os dias acontecem pequenos sismos na cidade de Lisboa.
Hoje às 10:36 ocorreu um sismo de intensidade 5.8, com o epicentro a 160 km a Sudoeste do Cabo de S. Vicente. Não foram registados nem feridos, nem acidentes materiais.
Mas, muita gente assustou-se e fugiu para a a rua, sobretudo as que estavam em edifícios altos.Vocês, porém, já sabem que nestas situações não se deve fugir para a rua.
Lembra aos teus pais, que consultem o site da Protecção Civil de Lisboa, onde podem encontrar mais informação sobre este tema.