O SISMO DE BENAVENTE - 23 de Abril de 1909
Faz hoje 103
anos que a região do Vale Inferior do Tejo foi sacudida por um violento sismo, considerado
o mais devastador de Portugal continental desde o início do século XX. Anteriormente,
esta região já havia sido afetada por outros sismos destruidores, com provável
origem no sistema de falhas do Vale do Tejo, dos quais se destacam os datados
de 1344 e 1531.
Estima-se
que o sismo de 1909 tenha registado um valor de magnitude entre 6,0 e 7,0 (escala
de Richter), tendo sido sentido com intensidade máxima de grau IX (Escala de
Mercalli) na zona de Benavente, Samora Correia e Santo Estêvão.
Mapa
de isossistas (distribuição da intensidade sísmica) para os sismos históricos
de 1531 e 1909. (http://hdl.handle.net/10400.9/1398)
Segundo relatos da época, este sismo causou profunda destruição nestas
povoações e provocou 46 vítimas mortais, 75 feridos e um elevado número de
desalojados. O balanço de
vítimas não foi mais dramático porque, à hora em que ocorreu, 17h05, a grande
maioria da população estava a trabalhar nos campos. Para conhecer o que a imprensa da época relatou sobre
esta catástrofe: http://www.cm-lisboa.pt/?idc=472&idi=41971
Em Lisboa
o sismo também foi sentido, mas causou apenas danos materiais (intensidade VI).
Para
conhecer mais sobre as escalas macrossísmicas, consultar:
Desde 1909
não se têm verificado sismos com epicentro na região do vale inferior do Tejo,
que tenham originado danos.
Segundo informação recentemente fornecida pela Rede
Sísmica Nacional, durante os últimos meses a atividade sísmica em Portugal
Continental tem sido baixa. No entanto, para igual período, em termos de
sismicidade mundial, foram registados diversos sismos com magnitude igual ou
superior a 5.0, sendo o de maior magnitude o ocorrido na região das Ilhas
Vanuatu com magnitude 7.1, no dia 2 de fevereiro às 13:34 (UTC).
Numa
atitude preventiva, o Serviço Municipal de Protecção Civil de Lisboa tem continuado
envolvido no desenvolvimento de estudos de caracterização dos fenómenos
sísmicos para a cidade, com vista à atualização dos instrumentos de planeamento
de emergência, como seja o caso do seu Plano de Emergência para o Risco Sísmico,
aprovado em 2003.
Preparar e organizar a população para a catástrofe é um dos
principais objetivos da Protecção Civil de Lisboa e que, passo-a-passo, muito
têm contribuído para aumentar a resiliência desta cidade face aos desastres.
Para conhecer mais sobre o sismo de Benavente, consultar:
Fotografia:
http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt
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