No dia 25 de
Agosto de 1988 a
cidade de Lisboa foi palco de um dos mais violentos incêndios da sua história –
o Incêndio do Chiado.
O fogo que segundo
alguns testemunhos terá deflagrado pelas 4h40 da madrugada nos Armazéns
Grandella, na Rua do Carmo, rapidamente se propagou aos edifícios contíguos,
causando a total destruição de 18 imóveis, alguns deles emblemáticos do
comércio tradicional da cidade. Inúmeros escritórios e habitações ficaram
igualmente destruídos, estimando-se que 2000 pessoas tenham perdido os seus
postos de trabalho.
Aos elevados danos
materiais, somam-se duas vítimas mortais, 73 feridos, na esmagadora maioria
bombeiros, e 150 desalojados.
Este acontecimento
marcante na vida da cidade foi, pela sua dimensão, alvo de uma enorme cobertura
mediática, tanto em Portugal como no estrangeiro. As imagens e os sons do
incêndio, transmitidas em direto pela televisão pública e pela, recém-criada,
TSF, contribuíram para desencadear um amplo movimento de apoio e solidariedade
às vítimas do incêndio.
O Serviço Municipal de
Proteção Civil de Lisboa esteve, desde os primeiros momentos, envolvido na
coordenação das operações e no apoio às vítimas, contando com a imprescindível
colaboração de entidades como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Cruz
Vermelha Portuguesa ou a Cáritas.
Decorridos 25
anos e cicatrizadas algumas das feridas deixadas pelo incêndio, importa resgatar
as memórias e as experiências vividas quer por técnicos do SMPC, quer por
alguns dos ex-moradores do Chiado, na altura acolhidos nos Centros de
Emergência do município.
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